Quem aqui já sonhou em descansar em um jardim parisiense acompanhado de um bom livro e uma baguete em uma tarde ensolarada?
Pode ser que você já tenha feito esse programa típico parisiense quando esteve em Paris. É um dos programas favoritos dos parisienses!
Se quiser se sentir um verdadeiro parisiense não deixe de ir passar uma tarde no jardim de Luxem… ou melhor, “Luco” para os mais íntimos.
É um dos jardins favoritos dos franceses, e não é para menos, pois nesse jardim tudo é mítico, até mesmo as cadeiras.
Certamente você já tenha ouvido a expressão “Paris é um museu a céu aberto” e voilà a prova…tudo em Paris tem uma história, até mesmo o que nem imaginamos, como essas simples cadeiras.
Como as fontes Wallace (clique aqui para ler o artigo), as cadeiras verdes presentes no jardim também fazem parte da herança parisiense. Elas não fazem parte do jardim desde sempre… foi somente em 1923 que o jardim adquiriu esse modelo de assento que se tornou tão emblemático. Este tipo de cadeira está disponível em três variantes (sem apoio de braço, com apoio de braço e reclinável) e foi criado especialmente pelos ateliês de Paris para o jardim parisiense.
Hoje, muitas pessoas se sentam nas cadeiras ao redor da grande fonte do jardim para descansar. Mas saiba que até 1974, esse luxo não era gratuito! Era cobrado alguns centavos para a reserva temporária de uma cadeira. Quanto mais confortável era assento, maior era o valor. Obviamente, que as cadeiras reclináveis com braços eram ocupadas principalmente pelos mais ricos, que passavam seus dias se repousando em frente aos canteiros de flores…
Em 1990, o Senado lançou um edital e encarrega a empresa Fermob a reiniciar a fabricação desses ícones do Luco. Esta famosa cadeira que por muito tempo permaneceu um modelo único e que não era encontrado em nenhum outro lugar além do Jardim du Luxemburgo , seria acessível ao público em geral.
Foi realizado uma variante ligeiramente modificada pelo designer Frédéric Sofia que começou a ser comercializado depois de 2004. Foi adotado um novo material que permitia que elas fossem muito mais leves, acessíveis e mais resistentes ao sol e à chuva- o alumínio.
A cor verde não era mais a norma, já que a coleção do Luxemburgo estava disponível em 24 tons diferentes, algumas com tons mais vivos. Atualmente, as famosas cadeiras são encontrados em muitos lugares, como por exemplo na Universidade de Harvard, que optou por 600 cadeiras vermelhas e verdes.
Hoje elas fazem fazem parte da paisagem parisiense, assim como as lâmpadas, as entradas de metrô, as fontes, etc. Impossível imaginar o jardim de Luxembourgo sem suas charmosas cadeiras verdes tão disputadas pelos visitantes, principalmente nos dias de sol.
Bisous bisous,
Nina Ribas.
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Interessante saber que uma simples cadeira tem tanta história.