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Reabertura em grande estilo do Pallais Galliere com a Exposição Coco Chanel

Todos nós conhecemos, mesmo que seja apenas de ouvir falar, o nome de Coco Chanel. Modista e perfumista francesa,  “Coco” ou “Mademoiselle” marcou o mundo da moda com sua elegância, simplicidade, ambivalência e modernidade. E é à história e conquistas desta figura notável que o Palais Galliera, em Paris, dedica uma exposição inteira na ocasião de sua reabertura.

Gabrielle Bonheur Chasnel ou simplesmente: Coco Chanel

Gabrielle Bonheur Chasnel nasceu em um dia de verão em 1883, em Saumur, na região de Maine-et-Loire, no oeste da França. Foi em um orfanato que Gabrielle Chasnel seria criada, talvez não na mais alegre das circunstâncias; mas seria igualmente ali que ela aprenderia a costurar.

Alguns anos mais tarde, Coco partiria para Paris, onde se tornaria modista. Antes disso, abriria em 1910 uma loja de chapéus, a “Chanel Modes”, seguida pela abertura da primeira loja Chanel, em Deauville em 1913, e de uma segunda loja em 1915, em Biarritz.  Apenas em 1918 ela se instalaria na Rua de Cambon, 31, em Paris – ocupando um apartamento em um edifício considerado hoje como monumento histórico.

A instalação em Paris não representou apenas mais um ponto no movimento de ascensão contínua de sua carreira. Coco Chanel continuaria sempre inovando e reinventando a história da moda e da elegância. Foi assim que, em 1921, criaria o que é até hoje o perfume mais vendido do mundo, o Chanel Nº5. 

Símbolo de fineza, elegância, simplicidade e bom gosto, Coco faleceu no Hotel Ritz em Paris 50 anos após o lançamento do perfume que consagraria para sempre seu nome, em 1971, quando tinha 87 anos. Quem assumiu responsabilidade por seu legado foi Karl Lagerfel, que se tornou o diretor artístico da agora muito célebre Casa de Alta Costura Chanel.

Coco Chanel – Uma revolução na moda no início do século XX

Coco Chanel não criou apenas roupas, bolsas, sapatos e perfumes, como todo um estilo. Suas criações refletem sua personalidade audaz, livre e autônoma. Empresária independente e criativa, Coco desejava que a emancipação da mulher também se traduzisse em liberdade de movimento trazida pelo vestuário. Sem medo de inovar, Coco se inspirou em modelos da moda masculina, adicionando alguns de seus elementos à moda feminina. Daí as cores escuras, cortes simples e às vezes até mesmo andrógenos, e as linhas refinadas de suas criações… 

Para além da moda, Coco popularizou o penteado “à la garçonne”, como dizem os franceses: cabelos curtos, de corte preciso, com uma pequena franja. Para acompanhar, peças inesquecíveis, como o terninho em tweed e o mais do que eterno vestidinho preto básico.  Para essa criadora, a força e liberdade da mulher é o que deveria fazer sua beleza, ou como dizia Coco: “não há outra beleza além da liberdade do corpo”.

Uma exposição imperdível

É a história desta mulher e de suas criações que o Palais Galliera, ou Museu da Moda da Cidade de Paris, dedica sua primeira exposição: “Gabrielle Chanel, manifesto da moda” após ficar fechado por mais de 2 anos. Os trabalhos de reforma suspenderam temporariamente as atividades  do museu em 2018, e a retomada do funcionamento vai fazer jus à renovação deste espaço.

A reabertura aconteceu hoje, 1 de outubro em grande estilo. Com uma homenagem a Gabrielle Chasnel, essa exposição jogará luz sobre sua personalidade e sobre o papel essencial de sua personalidade e imagem para suas criações. Com o auxílio de roupas, joias e perfumes criados por Coco, o Palais Galliera vai trazer para o público o processo de formação desse fenômeno da moda e símbolo da elegância 100 anos após suas primeiras criações. Uma retrospectiva imperdível, a primeira deste tipo em Paris, que trará para o centro das atenções essa figura emblemática da Cidade Luz.

A exposição que homenageia a icônica costureira vai até 14 de março de 2021.

Bisous bisous

Nina Ribas.

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