DURAÇÃO- Aproximadamente 1:30h-2h.
1- Começe o roteiro pela Pont des Arts. Se você chegar do metrô Pont-Neuf, caminhe ao longo da plataforma do Louvre et François-Miterrand. A Pont des Arts, ou como chamamos, “a ponte dos cadeados” é uma das raras pontes parisienses que é exclusivamente destinada a pedestres e foi a primeira ponte de metal de Paris. Não vai ser nada surpreendente se cedo ou mais tarde da sua caminhada, você cruzar com casais de noivos estrangeiros pousando para uma sessão de fotos na cidade do amor!
Essa é uma foto antiga, hoje a ponte não possui todos esses cadeados, os ferros foram substituídos por vidro. Saiba o porque: Em 2014, uma grade da ponte cedeu, devido o peso dos cadeados.
Em 2015, foram retirados afim de evitar o desabamento das grades. A cidade de Paris decidiu proibir esta”tradição” utilizada pelos apaixonados, porém, mesmo com a proibição, ainda vemos algumas pessoas fazendo também em outos lugares da capital, principalmente em torno da Statue Équestre d’Henri IV na Île de la Cité.
Em 2017, foi realizado um leilão solidário dos cadeados. Havia diversos tipos, com cores diferentes, desenhos, e declarações de amor em diferentes idiomas.
O dinheiro arrecadado foi destinado a organizações que cuidavam dos refugiados.
2- Você vai deixará, atrás de você, o l’Institut de France e sua cúpula. Agora vamos atravessar a plataforma François- Miterrand e passar embaixo da arcada que te levará ao pátio do Louvre.
3- Depois de algumas fotos, vá até as famosas pirâmides do Louvre. Imagine que esse conjunto arquitetônico terminava no Palais de Tuileries: A casa de Cathérine de Médicis se situava no final de ambas as abas. Foi planejado juntar tudo e fazer somente uma instalação, porém, durante os eventos da comunidade, em 1871, o palácio foi destruído por um incêndio. Dez anos depois, ao invés de reconstrui-lo, foi decidido a destrui-lo, então, o Louvre ficou aberto com seu jardim.
4- Da Place du Carrousel du Louvre, pegue a Rua de Rivoli, atravesse e continue na Rua de Rohan. Contorne o Hotel du Louvre et voilà, você chegará na Place Colette, praça conhecida por sua extravagante decoração da saída do metrô feito de esferas em alumínio e em vidro de Murano.
O nome dessa obra de arte é Ce Kiosque des noctâmbules- Foi criado pelo artista Jean-Michel Othoniel em 2000, para celebrar os 100 anos do metrô Palais Royal- Musée du Louvre. As duas cúpulas representam o dia e a noite, é notável graças as cores quentes e frias dessas grandes miçangas em vidro de Murano. É lá que se localiza a entrada da Comédie- Française.
5- Chegou a hora de ir para a descoberta do Palais-Royal, que foi residência real no século XVII: O acesso é feito pelas arcadas (8h-22:30h), no ângulo da praça. Além da Comédie-Française, esse complexo acolhe o Conseil d’État, o Conseil Constitutionnel, e o Ministère de la Culture, que se encontra logo abaixo das famosas Colonnes de Buren.
Colonnes de Buren– São 260 colunas octogonais listradas em preto e branco de diferentes tamanhos. Uma obra criada em 1986 pelo artista francês Daniel Buren. As mesmas causaram muita polêmica na época, dividindo opniões devido ao contraste de uma de uma obra moderna para época com a arquitetura clássica do Palácio Real. Naquela época ainda ninguém havia se atrevido a intervir em um lugar histórico. Gostando ou não, as colunas se tornaram um dos símbolos de Paris.
Só mais uma coisa… antes de ir tirar fotos nas colunas, não deixe de notar um pouco mais alto a sua esquerda, uma antiga boutique com as vitrines lotadas de cachimbos. A Oriental- Conserto e Venda de cachimbos, existe desde 1819. Uma ótima idéia de presente pra quem curte.
7- O Jardim do Palais-Royal se encontra depois das fontes e da galeria. Para aproveitar ao máximo, sem deixar nada para trás, vá até o lado direito do jardim e explore seus contornos começando pela Galeria de Valois. As lojinhas dos criadores e alguns ensinamentos históricos estão espalhados pelo caminho.
8- Quando você chegar na Galeria de Beaujolais, você vai se deparar com um dos mais antigos e melhores restaurantes de Paris- o Grand Véfour, do chef Guy Martin, existe desde 1784, mais velho que a Revolução Francesa ! O escritor Colette, era um cliente fiél, observe a placa em sua homenagem, do ladinho do restaurante.
Depois de ter passado pelo restaurante, vire a esquerda na Rua Beaujolais, no final da rua, você vai encontrar uma simpática passagem- Passage de Beaujolais, com portão preto com escadas, suba essas escadas.
Quando chegar do outro lado da passagem, suba a esquerda, na Rue Richelieu, em direção a pracinha onde fica a Fontaine Molière.
Molière é considerado como o “patrão das comédias francesas”. Esse chafariz foi fundado em 1680, por Louis XIV, sete anos após a morte de Molière. O autor satírico e seu grupo tinham conseguido do rei a possibilidade de se instalarem no Teatro Richelieu, antigo nome da Comédie- Française. As primeiras peças integradas no repertório da Comédia foram as de Molière e de Racine.
9- O passeio continua seguindo reto, pela rua Molière. No final da rua, a Avenue de l’Opéra nos oferece uma bela vista do prédio em questão! Atravesse a avenida na faixa de pedestre a sua esquerda, e depois continue o seu roteiro na rua de l’Échelle, para pegar a segunda rua a direita- Rue Saint-Honoré.
E voici a rua das compras, com uma variedade de lojinhas para alegrar o seu passeio! 🙂
Cansou? Se você ama café e quer se presentear, parada obrigatória no Cafe Verlet (256, rue Saint-Honoré, 75001), pacote de 200 gramas de café: 7:50€-10€. Também é possível fazer uma pausa para comer um lanchinho lá mesmo.
O cheirinho do café torrado e a vitrine onde estão alinhadas as frutas coloridas cristalizadas deixam todo mundo com água na boca.
10- Quarenta números pra frente, na sua direita, encontramos a Igreja Saint-Roch. Ela foi construída no meio do século XVII, em um bairro onde aristocratas haviam eleito como moradia, pela proximidade de lugares com o Louvre.
Talvez foi a fortuna dos habitantes da paróquia que deu origem no tamanho dessa igreja: com seus 126 metros de largura e 21 capelas, ela se classifica entre as maiores de Paris. Não hesite em visitar seu interior, além de um bonito órgão de estilo rococó, a igreja contém uma quantidade impressionante de obras religiosas dos séculos XVII e XVIII. É um verdadeiro petit museu!
11- Continue seu passeio pela rua Saint-Honoré, onde as vitrines de marcas prestigiosas competem em criatividade. Durante vinte anos, Colette realizava desfiles desafiando as tendências nessa mesma rua.
Duas esquinas pra frente, vire a direita na Rue du Marché Saint-Honoré, repare no edifício todo em vidro construído pelo arquiteto catalão, Ricard Bofill, é o Marché Saint-Honoré, uma imensa e pouco explorada (apesar de ter uma boa localização) galeria situada nesse charmoso bairro.
Eles realizam feira de rua com produtos artesanais, roupas e alimentos duas vezes por semana, além disso a galeria conta com bons restaurantes, lojas e barzinhos.
12- Atravesse por dentro da galeria do marche. No outro lado da rua do Marché-Saint-Honoré, você vai se deparar com uma rua charmosa com alguns cafés. Logo depois, pegue a primeira a esquerda, na rua Danielle-Casanova e vá em direção da Place Vendôme!
Place Vendôme– Esta praça foi uma ordem de Louis XIV, ele queria valoriza-la edificando uma estátua dele mesmo montado em um cavalo. Como a maioria das estátuas reais, essa também foi destruída durante a Revolução. Foi uma estátua de Napoleão I que a substituiu no inicio do século XIX. Hoje, ele está instalado em seu “trono” lá em cima, vestindo uma coroa de louros e com uma espada na mão, como César! A legenda diz que para construir a coluna, foram usados 1200 canhões pegos do exército russo e austríacos. No seu interior se esconde uma escada em caracol que nos permite acessar uma plataforma 44 metros mais alta.
CURIOSIDADE- Quando Coco Chanel desenhava o frasco do mítico Chanel n 5, a estilista deu as mesmas proporções que a Praça Vendôme. Uma inspiração que poderia sustentar pelo fato que a criadora tinha escolhido o Ritz como domicilio e trabalhava nos seus ateliês na Rue Cambon, logo atrás da praça.
Infelizmente, ela jamais pode revelar se, se tratava de uma coincidência, ou da sua vontade.
14- O passeio continua, agora vamos pegar o oposto- na sua direita, você chegará novamente, na rua Saint-Honoré. Depois de passar algumas lojas de luxo, você vai dar de cara, na sua esquerda, na esquina da rua Cambon com uma outra bela igreja- Se trata da igreja polonesa de Paris, Notre-Dame de l’Assomption. Diferente dos outros inúmeros edifícios religiosos que eram frequentemente transformados em simples depósitos durante a Revolução, esse se transformou em uma loja de decoração.
15- Em seguida, siga pela rua Cambon, a esquerda, para chegar na mítica Place de la Concorde.
Observe as oito estátuas de mulheres ao redor da praça. Elas representam, cada uma delas, uma grande cidade da França. O mais interessante está sob elas: cada pedestal é na verdade uma guarita onde morava uma família. Assim que a praça foi instalada em 1760, alguns habitantes se recusaram a ir embora. Então, essas casinhas com um porão e um jardim de 250 metros foram oferecidos a essas famílias. Na época a praça era rodeada por uma larga vala de 20 metros onde se encontravam os jardins. Entre os ocupantes estava um agricultor de Brest, um vendedor de vinho de Bordeaux, um juiz de paz, e um marechal.
Place de la Concorde- A praça da guilhotina
Uma praça concebida a gloria de um rei- Louis XV. Ela se tornou a Praça da Revolução em 1789. A decapitação foi estabelecida na entrada da Champs-Elysées a partir de 1793, 1119 cabeças rolaram em apenas 10 anos. O obelisco de Louxor decora o centro da Praça da Concórdia desde 1836. Esse belo presente dos egípcios a França (o obelisco), tem 3300 anos de existência, pesa 230 toneladas e é decorado com centenas de hieróglifos (escrita pictórica usada no antigo Egito), contando a história do reinado de Faraó Ramsés II.
Olá Nina!
Seus textos estão cada dia melhores!!
Conhecer mais Paris através do seu blog esta ficando cada dia mais legal!!!
beijos.
Olá Jay,
Fico super feliz de saber que estou conseguindo transmitir um pouco mais do que essa cidade linda tem a nos oferecer.
Super obrigada por ser minha leitora fiel 😉
Beijos e seja sempre muito bem-vinda por aqui 🙂
Ninaaa!!!
é sempre uma delícia ler seus artigos!!!
E lendo, descobri que nunca fui no Palais Royal,acho que por mais que vc já tenha ido algumas vezes à Paris, sempre terá lugares para conhecer!
Acrescentei na minha lista!
=)
Bisous!!!!!!!!!
Oi Carol!
Obrigada!! feliz que esteja gostando 🙂
Exatamente! Paris nos oferece coisas novas todos os dias, concordo com você… por mais que já tenhamos visitado varias vezes a capital , sempre vai ter algo novo para explorarmos.
Paris não cansa de nos surpreender 😉
Beijão!